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Fuvest 2015. Prova V. Questão 21. Crise hídrica


As perspectivas ficaram mais pessimistas porque a seca atual do Sistema Cantareira é mais crítica que a de 1953, até então a pior da história e que servia de parâmetro para os técnicos dos governos estadual e federal.

O Estado de S. Paulo, 17/03/2014. Adaptado.

Acerca da crise hídrica apontada no texto acima e vivida pela cidade de São Paulo e pela Região Metropolitana, é correto afirmar que a situação apresentada é de natureza, entre outras,

a) geográfica e geopolítica, dado que a grave crise no abastecimento experimentada por essa região levou à importação de água de outros estados, assim como de países do Cone Sul.

b) social e demográfica, já que políticas públicas de incentivo às migrações, na última década, promoveram o crescimento desordenado da população em áreas que seriam destinadas a represas e outros reservatórios de água.

c) climática e pedológica, pois as altas temperaturas durante o ano provocaram a formação de chuva ácida e a consequente laterização dos solos.

d) econômica e jurídica, levando-se em conta a flexibilidade da legislação vigente em relação a desmatamentos em áreas de nascente para implantação de atividades industriais e agrícolas.

e) ecológica e política, posto que a reposição de água dos reservatórios depende de fatores naturais, assim como do planejamento governamental sobre o uso desse recurso.

Resposta E

A questão pede que o aluno entenda que a crise hídrica, sobretudo na Serra da Cantareira, decorre da baixa quantidade de chuvas mas também do uso incorreto desse  recurso pelo poder público.

Em outras palavras, podemos dizer que há um fator de origem natural e outro político-administrativo. 

A região de SP apresenta clima tropical de altitude, com baixa pluviosidade nos meses de inverno, que em 2014 se estenderam até o começo da primavera, ocasionando um período de estiagem. Essa ausência de chuvas contribuiu para a redução do volume de água nos principais reservatórios que abastecem a capital, sobretudo o da Cantareira.

Em relação aos aspectos político-administrativos, não houve um correto planejamento urbano, a população cresceu muito mais do que a melhora no sistema hídrico. Além disso, há ainda enormes perdas no sistema de abastecimento de água, estima-se que a Sabesp desperdiça 30% da água abastecida.