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ENEM 2016 Q17 – O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo


O coronelismo era fruto de alteração na relação de forças entre os proprietários rurais e o governo, e significava o fortalecimento do poder do Estado antes que o predomínio do coronel. Nessa concepção, o coronelismo é, então, um sistema político nacional, com base em barganhas entre o governo e os coronéis. O coronel tem o controle dos cargos públicos, desde o delegado de policia até a professora primária. O coronel hipoteca seu apoio ao governo, sobretudo na forma de voto.

CARVALHO, J. M. Pontos e bordados: escritos de história política. Belo Horizonte. Editora UFMG, 1998 (adaptado)

No contexto da Primeira República no Brasil, as relações políticas descritas baseavam-se na

  1. coação das milícias locais
  2. estagnação da dinâmica urbana
  3. valorização do proselitismo partidário
  4. disseminação de práticas clientelistas
  5. centralização de decisões administrativas.

Solução

Vamos resolver de forma direta.

Sabemos que um cliente troca dinheiro por um produto.

Similarmente, um coronel troca votos por favores políticos.

Para isso basta lembrarmos que o voto era aberto, então o coronel controlava o voto de todos os seus subordinados – voto de cabresto.

Depois de adquirir os votos, o governante eleito fazia a sua parte favorecendo os interesses pessoais do coronel. Veja essa charge grega que mostra a essência do clientelismo, em que um beija os pés do outro.

Assim excluímos as letras a, b e e.

A letra C poderia suscitar dúvidas. O proselitismo é a tentativa, o empenho de converter uma ou várias pessoas, ou determinados grupos, de uma determinada causa, ideia ou religião. Vemos que isso não ocorre, as interações são muito mais práticas e econômicas para se pensar em ideias políticas.

Uma questão parecida caiu no ENEM de 2013, o assunto específico foi a política dos governadores, tem um resumo super simples pra resolver a questão.

ENEM 2013 Nos estados, entretanto, se instalavam as oligarquias, de cujo perigo já nos advertia Saint-Hilaire, e sob o disfarce do que se chamou “a política dos governadores”

Letra D