Hoje vamos ver a história da Maria Gabriella, quais peculiaridades ela teve no processo de estudo, sua relação com o plano de estudo e como foi sua aprovação.
A gente tem que correr atrás dos nossos sonhos, mas a gente não precisa se colocar ao extremo mais do que a gente aguenta, sacrificar tudo para isso. Quando a gente muda a forma de encarar o processo de aprovação, focar mais no processo e não tanto no resultado. Eu não pensava no resultado, só em fazer a prova bem, estudar da melhor forma possível, fazer academia, etc. Foi um processo de cuidado.
Como foi o processo
Eu passei em medicina na UFMG e foi uma surpresa, pois já estou há um bom tempo tentando, mas eu fiquei muito feliz com isso.
Eu formei em 2015 e já queria fazer medicina, mas eu não tinha maldade pra fazer o curso, já que é muito diferente o estudo da escola pro vestibular. Em 2016, eu fiz 6 meses de cursinho e o restante eu estudei em casa. É diferente, às vezes é mais solitário e depende muito de você procurar as coisas, mas vai direto no que precisa e a cada ano é um aprendizado.
A aprovação
No dia que saiu a nota do ENEM, o INEP liberou a nota 19h, mas só foi sair mesmo às 23h. Eu não queria fazer tudo de novo, então eu tava nervosa. Quando eu vi a minha nota, eu não acreditei, só fui acreditar quando fui no sisu e realmente tinha conseguido passar na universidade que eu sempre quis.
Como foram os anos de estudo
Foram alguns anos, 2016, 17, 18, 19 e 2021. 2020 eu não fiz. Foram anos tranquilos, o pior problema não era só que eu estudava de forma passiva, que eu começava todo ano do zero, mas eu também não me cuidava muito, nem mental ou fisicamente. Ano passado foi uma mudança, eu comecei a focar mais em questões e não ficar assistindo aula do que eu já sabia.
Motivo da mudança
Foi o problema de saúde mesmo. Na minha familia, já tem uma predisposição a ter problemas de tireóide. Então, eu tive câncer na tireóide, com algumas metástases. Por conta disso, eu não fiz a prova em 2020. Eu percebi que não estava valendo a minha saúde, que sem ela não tinha como fazer prova nenhuma.
Assim, eu analisei o que eu podia melhorar, focar mais em mim, fazer mais atividade física, etc.
Algo que se orgulha
Dessa mudança de querer começar a fazer academia, de me preocupar com a minha saúde, ter tempo para ler e ver séries. Eu passei a gostar de estudar, de fazer questões. Se tinha algum problema, eu ia lá e resolvia. Mas essa atividade de entender realmente a prova é a que eu mais me orgulho, pois antes eu não fazia.
Rotina
Eu tinha problema para acordar cedo, mas tentava acordar por volta de 6-7 horas e estudava 1h depois. De manhã era o meu melhor horário, sempre focava em algo mais complexo nesse horário. Estudava 50 minutos e descansava 10 e isso até a hora do almoço. Às 14h eu voltava só com questões ou redação e ia até 17h. Era muito bom, pois eu não sentia aquele peso, eu sentia que era divertido, eu gostava de fazer as questões.
Arrependimento
Ter parado a minha vida para o estudo, deixei de falar com muita gente por isso, deixei de tocar violino… Esse isolamento todo que eu criei em torno de mim foi muito complicado, pois você fica muito sozinho, eu tive namorado e uma amiga, mas eles têm os problemas deles também e não podemos depender de tão poucas pessoas. Já é um processo tão difícil e você se isola, piora tudo.
Mensagem
Para essas pessoas que estão tentando, só aquela ideia de desistir não basta. Às vezes, pode ser como você está estudando, parar para analisar, se sua vida está sendo só aquilo, tentar mudar, tentar fazer ela mais dinâmica e se cuidar.
Essa foi a ideia do vídeo de hoje. Espero que você tenha gostado da história da Maria e que te ajude de alguma forma. Para conhecer melhor ela, pode seguir no instagram. Até o próximo post 🙂