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Ele Passou Em MEDICINA NA USP Estudando Em Casa – VICTOR CARRAPATO


Esse post está em formato de vídeo abaixo:

Sou o Victor, tenho 20 anos, passei em medicina na USP Ribeirão, UNICAMP, UNESP E UNIFESP.

Susane: Como foi descobrir que você passou?

Victor: Foi emocionante!

Susane: Seu objetivo era FUVEST?

Victor: Não, era UNICAMP, mas quando saiu FUVEST, eu fiquei tranquilo, já não ia mais fazer cursinho e foi só felicidade.

Susane: Você já decidiu para qual vai?

Victor: Sim, para a USP Ribeirão.

Susane: Bom, qualquer uma é maravilhosa.

Victor: Sim, todos falam isso.

Susane: Como foi até chegar na aprovação? Você está estudando há quantos anos?

Victor: Comecei a estudar no colegial e mais 2 anos de cursinho.

Susane: Você estudou sozinho ano passado?

Victor: Sim, em casa.

Susane: Como é estudar em casa?

Victor: Têm os prós e contras, eu acordava às 07h00min, tomava café e ia caminhar, acho muito importante o esporte. Minha rotina era restrita para não perder o foco e às 08h00min começava a estudar.

Susane: Você fazia quadro-horário?

Victor: Sim, cada dia tinha uma matéria específica e seguia a rotina, eu mudava a partir das minhas necessidades, o bom de estudar em casa foi ter autonomia do que eu precisava fazer. As matérias que eu tinha mais facilidade, eu já ia direto para os exercícios.

Susane: Quais as matérias fáceis para você?

Victor: Biologia, geografia, história, português, literatura.

Susane: Mas até exatas você aprendeu a gostar?

Victor: Sim, principalmente física. No meu primeiro ano de cursinho, eu me abdiquei quase tudo e vi que não fazia bem para mim e nesse ano eu planejei e caminhar estava nesse meio. Eu fiz meu colegial em escola pública, porém, há muitas lacunas, por exemplo, tínhamos 2 aulas de física semanal e muito conteúdo que a gente não tem.

Susane: Você acabou o ensino médio e já sabia que queria medicina? E tentou?

Victor: Sim, mas não consegui, é difícil.

Susane: Como foi estudar lá, no cursinho?

Victor: Bom e ruim, bom porque eu criei uma base mais sólida de conhecimento, mas ruim por conta da carga horária muito grande e da falta de autonomia nos estudos. Não tinha tempo de ficar com a família porque chegava cansado em casa.

Susane: Você foi para a prova com um nível bom? Tinha esperança de passar?

Victor: Fui para a segunda fase, na UNICAMP, mas não consegui, nas outras eu fiquei perto.

Susane: Quando você foi para a segunda fase e não passou. É tenso, né?

Victor: Sim, é pior do que ficar na primeira.

Susane: Como foi a decisão depois da prova, de estudar sozinho? Eu suponho que a família não entende.

Victor: Não, nem amigos, mas agradeço a Susane pelos seus vídeos. Desde essa época, procurei muito no youtube ‘’estudar em casa, quais os prós e contras’’, ‘’o que eu posso fazer’’? e desde aí, eu decidi estudar em casa.

Susane: Você começou provas antigas desde o começo?

Victor: Sim, meu sonho era UNICAMP, então no meu primeiro ano de cursinho, tinha feito todas as provas antigas da UNICAMP e nesse ano, fiz prova inédita (simulado de cursinho) e a FUVESP faz muita prova particular durante o ano e você tem o caminho de como as provas estão vindo.

Susane: Você fez provas da FUVEST?

Victor: Sim, mas como na FUVEST a maioria dos exercícios, das apostilas já cobra, então fiz mais simulados da FUVEST e cursinho online.

Susane: Como você colocava em sua rotina?

Victor: As provas eu tinha dias específicos, era domingo. Durante a semana, eu gostava de fazer exercício extra, de noite, ou fazia provas antigas ou colocava na internet ‘’exercício de tal assunto’’.

Susane: Teve algum momento que você ficou meio para baixo?

Victor: No primeiro ano, tive mais crise, foi por esse motivo que saí do cursinho presencial, por causa da pressão e eu pensei, preciso me concentrar mais em mim, no online e nos estudos e 50% são os estudos e 50% é o seu emocional.

Susane: Acho muito importante as pessoas escutarem isso, principalmente quando você está no cursinho, você acha que tem que estudar o dia inteiro.

Victor: Muitos pensam que para passar em medicina, tem que estudar 24 horas, porque não adianta você passar 8 horas estudando matéria, mas se você estiver bem, você aprende em 2 horas.

Susane: E sua família gostou?

Victor: Sim, com certeza.

Susane: Como você fazia as provas? Você selecionava as questões que você errava?

Victor: Eu fazia todo domingo o simulado, eu deixava para corrigir só no próximo sábado para eu esquecer as questões, já que são vários assuntos e depois fazia toda uma estatística do simulado: quais as matérias que tinha errado, por que eu tinha errado, para tentar encaixar durante a semana.

Susane: Vamos repetir, se você errasse genética, naquela semana você estudava genética e fazia exercícios. E em termos de revisão, como você fazia?

Victor: O cursinho online tinha o cronograma, então seguia mais o cronograma deles e também a ordem da matéria. Lá são 6 módulos e a cada 2 módulos, têm uma revisão e isso é importantíssimo.

Susane: Você já leu os livros?

Victor: Durante o cursinho tinha lido todos?

Susane: Você gosta de ler?

Victor: Sim, até eu entender. No segundo ano foi diferente, como já tinha lido vários, o que eu fiz, foi ler artigos relacionados aos livros. E em cada semana lia artigos diferentes, eles vão permeando o enredo, só que eles aprofundam com a característica da história, da narração.

Susane: E ler artigo não é fácil.

Victor: Não, só que acaba se acostumando. É muito interessante, porque cai muita coisa de artigo e muita coisa que tinha lido, estava nas provas.

Susane: É legal que você é muito de humanas.

Victor: Por isso que gostava muito da UNICAMP, porque tem essa pegada.

Susane: Vamos falar de momentos que foram difíceis? No ano que você passou, você foi mais tranquilo?

Victor: Sim, tranquilo, eu parei de ver a semana da prova como uma coisa ruim e sim em uma coisa boa, era um momento que ia descansar, não ia precisar ficar na rotina dos estudos, por mais que fizesse o simulado em casa, eu fazia como se fosse no dia da prova. Além disso, fiz aula de meditação esse ano e antes das provas, eu meditava.

Susane: Você fez todas as provas então?

Victor: Sim, ENEM, UNESP, UNICAMP E FUVEST, fiz FAMEP também.

Susane: Em relação ao ENEM, o que achou, com relação ao tempo?

Victor: Tranquilo. O primeiro dia do ENEM é sempre o mais difícil de todos, porque você tem que ir lá, de verdade, dar o cara à tapa.

Susane: Você fez mais provas da FUVEST?

Victor: Sim, FUVEST, UNICAMP e UNESP. As provas do ENEM fiz bem poucas.

Susane: Seu objetivo era mais UNICAMP?

Victor: Sim.

Susane: Como você decidiu ir para Ribeirão?

Victor: Por vários fatores, primeiro, eu vi que a filosofia de Ribeirão é mais parecida com a UNICAMP e pela cidade em si, porque Ribeirão tem a melhor qualidade de vida e todo mundo fala que Ribeirão a sede é maravilhosa.

Susane: Você usava alguma técnica de estudos, flashcards, post-it?

Victor: No primeiro ano de cursinho, eu tentei post-it, mas não era para mim, porque virou muito ‘’decoreba’’. Todo domingo eu lia aquilo lá. Mas para mim faz mais sentido entender a matéria, do que decorar. A técnica de estudo que faz muito bem para mim, é dar aula, e todas as matérias de segunda fase, eu estudava ‘’explicando’’

Susane: Como você me encontrou na internet?

Victor: Pesquisando na internet, estudando em casa, foi o meu primeiro contato. Depois a Gabi comentou, sendo que eu já te conhecia. Enquanto eu estava caminhando, eu escutava podcast e entrou o resumov.

Susane: Agora foi você, né?

Victor: Sim, que engraçado. E em uma das redações a UNICAMP cobrou para fazer um podcast.

Susane: Qual a sensação de ir para Ribeirão, sair de casa?

Victor: Estou mais com medo, tudo novo, tudo diferente, se adaptar em um local diferente e não conheço ninguém lá. No começo vai ser difícil, depois de acostuma.

Susane: Victor, muito obrigada, de verdade, por essa entrevista, por inspirar as pessoas que estão estudando.

Victor: Eu que agradeço, Susane, os vídeos, os podcasts.