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[Podcast] Aluno de escola pública passa em medicina na USP: Veja as dicas


“Eu terminei o ensino médio sem saber os conteúdos do ensino fundamental”

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Hoje eu entrevisto o Matheus Alpaccino, aluno da Faculdade de Medicina da USP.
Ele sempre estudou em escola pública e conta como foi a trajetória de estudos desde acreditar que poderia ser médico até como foi cada um dos 4 anos de estudo.
A estratégia que ele usou no 4o ano de estudos em casa foi sensacional. E é o resumo de muitas dicas que eu dou no Resumov.

Ele dividiu o ano de estudos em 2:

– 1o semestre: estudo por apostilas pegando a base das matérias
– 2o semestre: foco em provas anteriores e revisão
Ele foi super organizado e conta como era a rotina de estudos.
Entenda exatamente como ele fez isso escutando o episódio.
Alunos da FMUSP na cerimônia do Avental!

TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO

E aí pessoal Aqui é a Susane do Resumov e você está escutando o podcast do Resumov, neste programa converso com professores e com aprovados nas faculdades mais concorridas do Brasil, eu tento mostrar quais estratégias eles usaram na preparação. A ideia é mostrar como você pode aplicar tudo isso no seu dia a dia. Este programa é só uma parte do Resumov, tem também o site resumov.com.br.
O Resumov tem vários artigos, cursos de como estudar para passar, além de cupons de desconto dos melhores cursos online e você consegue ver toda a lista de episódios na página resumov.com.br/podcast.
Hoje entrevisto o Matheus Alpaccino. Ele é aluno de Medicina na Faculdade de Medicina da USP em São Paulo na Pinheiros, ele é da turma 103 que foi a turma que eu entrei também. Essa conversa foi muito legal. Ele é uma super inspiração de você seguir atrás dos seus sonhos com todo gás possível e hoje a ideia é tanto mostrar essa inspiração que independentemente da sua base você pode evoluir e chegar no nível de passar em medicina na USP, mas também ver o método dele de estudos que foi sensacional, principalmente no último ano. Que que foi o ano que ele passou.
Ele fez escola pública e saiu da escola pública com a ideia de:
“eu vou eu vou me preparar para passar em medicina na USP” e ele conseguiu.
Então ele vai contar como foi a sua trajetória então desde começar a estudar no cursinho com base nenhuma precisando aprender até aqueles assuntos do Ensino Fundamental. E como foi a sua trajetória até chegar no nível da USP mesmo. No último ano de estudos,ele conta como ele como ele estudou em casa, e qual foi o método que ele usou para estudar em casa. E eu acho que esse foi um episódio muito rico para quem quer um vestibular assim muito top, muito concorrido como Medicina na USP, Unicamp.
E essas ideias dá para usar para quem se prepara para o ITA também, então eu espero que seja muito útil para vocês.
Então vamos ao episódio.

TRANSCRIÇÃO DO INÍCIO DA CONVERSA

Susane: E aí tudo bem?
Matheus: Tudo ótimo
Susane: você tem uma história muito legal, não é?
Um aluno que me falou que você que você estudou em escola pública, eu não sabia disso.
Matheus:  isso,estudei em escola pública a vida inteira, né? Fortes emoções assim durante esses 4 anos que estudei além do ensino médio foram bem complicados, mas deu tudo certo.
Susane: vamos então desde começo. Então você fez a escola pública certo e aí olhando para  trás, você acha que a escola pública te preparou para o vestibular ou que preparou muito pouco, o que que você diria?
Matheus: Não, então eu acho me preparou muito pouco assim, quando eu tava no ensino médio não tinha muito a propagação do ENEM, da USP, Unicamp, a gente não sabia muito o que que era isso, né? Até o ensino médio, eu não sabia se a USP era privada ou pública, eu não tinha muita noção disso. E os professores também não comentaram muito sobre isso. Acho que eles não acreditavam muito na gente.
Não sei mas em nenhum momento eu escutei eles incentivando de alguma forma a gente. Então foi basicamente isso, não houve incentivo e na parte de matéria também teve muita deficiência.
 Eu lembro que eu fiquei uns 2 anos aí pelo menos de um mês e ano médio sem física e sem química direito, geralmente aparece um Professor substituto que não era da área. E passava um texto para a gente copiar então era basicamente isso quando a gente não tinha aula vaga.
Na prática, a gente não fazia nada, não podia ir embora, mas também não podia sair,  ficava lá.
Susane: Nossa que isso, não ter nem aula de física ou química.
Matheus: Eu lembro que uma vez eu peguei o meu caderno assim, depois de ter passado e tava revirando algumas coisas de casa mesma, eu achei o meu caderno, do ensino médio e pensei deixa eu dar uma olhada aqui, né? E aí eu fui passando, parei na parte de física porque tava meio curioso para saber o que eu tinha visto, aí eu lembro de ter visto uma página assim escrito Ótica a data do dia lá que eu fiz. E aí um mês e pouco depois eu fiz umtraço assim. Coloquei o nome de outras matérias que foi eletrostática alguma coisa assim. Ou seja, eu não tive aquela matéria. Depois de tanto tempo que passou não tinha como recuperar mais aquilo, então o professor decidiu começar outra coisa.
Então faltou muita coisa no meu ensino médio.
Susane:  Sim. Sim foi legal você falar essa questão também de eles não darem um exemplo, uma inspiração de onde você pode chegar né qual faculdade você pode fazer.
Matheus:  Medicina nunca foi meu sonho de infância, eu nunca tive fotos de esteto quando era pequeno. Esses dias eu fiquei pensando muito nisso, tipo qual foi o start que eu dei pra poder começar a pensar em medicina, e foi o exercício bacana recuperar essas memórias.
Susane: Então conta pra gente
Matheus: Então, ao longo do meu terceiro ano para mim, tudo era um fundo preto, eu não sabia   o que queria fazer depois da escola eu também e na escola e não tinha  muitas influências positivas nesse sentido.
E também em casa ficava muito aquém, porque a minha família ela não teve os estudos, o pessoal só terminou o ensino médio e acabou fazendo algum curso profissionalizante no máximo.
 Então  de nenhum dos lados veio um incentivo assim. E aí ao longo do terceiro ano,  Inevitavelmente os parentes começam aparecer, né? Começam a mandar os palpites diziam “você gosta de informática. Porque você não faz alguma coisa informática?”
Naquela época, eu gostava mesmo de informática, ficava  no computador mexendo em computador, desmontava, montava. Pensei: “vou pesquisar alguma coisa de informática”
Aí fui lá procurar na internet, fazer umas pesquisas. E aí nesse meio perdido aí da internet, eu achei um Fórum de discussão sobre vestibular e aí eu comecei a ter um contato maior com isso. E aí um dos posts falava sobre fazer cursinho, onde que tinha, quais eram os 5 melhores tudo naquela época 2009/2010, eu acho. E aí procurando sobre os cursos de engenharia, psiquiatria o que me chamou atenção foi Medicina. O pessoal falava que era super difícil, era também era muito prestigiado e muito seguro.
Cada vez que eu lia mais coisas sobre medicina eu começava a me interessar mais pelo que eu lia.
 Eu falei poxa, que legal seria se eu fosse médico.Eu poderia tratar as pessoas. Poderia ajudar, eu saberia como que o corpo funciona…
Isso para mim me fascinava bastante.
Só que eu tinha receio de comentar isso com os meus parentes, porque medicina era super concorrido é a base que eu tinha era aquela,  de achar que a China ficava no lugar do Chile, sabe era nesse nível, eu não tinha noção das coisas comuma base fraca.
E aí tinha medo de eles falarem:
“Mateus, desista. Você não vai passar. “”
Exatamente isso, tem mais história também… Quando eu decidi que eu queria medicina mesmo,foi em algum momento do terceiro ano. Eu liguei para o cursinho da cidade do lado. Que é Santos, eu morava no Guarujá.
E aí na minha cidade não tinha cursinho, daí eu liguei para moça perguntando quanto é o valor, como é, só que ela falou que já tinha formado turma e eu tinha ligado ela em setembro, eu acho que tinha formado uma turminha gosto, né?
Aí ela falou que não tinha como entrar e eu acabei me contentando com o fato de não conseguir e ir estudar para entrar na faculdade da área de informática mesmo da minha cidade ou um técnico alguma coisa assim. E aí eu peguei pra estudar livros da escola por vídeos e eu parei pra ver os vídeos de 2010 eram muito escassos comparados com os de hoje, porque eu lembro que procurava no YouTube e  achava só assim Telecurso 2000 , cursos super antigos, com uma plataforma bem anos 2000. Algo bem remoto que não era muito didáticos, como os que existem hoje em dia.
Mas mesmo assim eu comecei a estudar. Pelo mais básico, eu realmente achei que eu precisava voltar mais atrás. E pegar a parte de oitava, nona série.
Peguei as coisas bem mais básicas mesmo, lá pra trás e aí e aí chegou no final do ano? Prestei a prova, não passei no curso de informática. E aí eu falei assim:
“ah agora eu vou ter que preparar minha família para a ideia de que eu quero ser  médico”
Quando eu falei que eu queria fazer medicina e tudo a ideia não foi muito bem recebida no começo, mas depois dos meus familiares aceitaram.
Só que uma vez eu tava na casa da minha tia e aí eu tava brincando com os meus primos. E aí eu passei assim meio rápido na próxima da sala. A porta estava meio entre aberta. E aí eu escutei uma das minhas tias falando, o Matheus, ele tá estudando para medicina e tudo. Daí eu vi um comentário do meu tio por trás da porta, né? Ele falou assim.
“Ah, não sei. Sem condição. “
Já era uma ilusão eu tentar fazer aquilo, né? Parecia ser algo inatingível, apesar de na frente eles dizerem que me apoiavam.
Susane: Nossa você ficou triste.
Matheus: Então é uma coisa que não é fácil ouvir. Sabe, quando é que uma pessoa que você não conhece, você fica muito sentido, mas não te abate tanto quanto quando esse comentário vem junto das pessoas que você mais gosta, eu fiquei chateado com isso eu tentei ver mais como um desafio, eu vou provar então que eu sou capaz de passar mesmo tendo todos esses percalços,  todas essas dificuldades.
Susane: Sim, que bacana, você transformou algo que poderia ser negativo em superação.
Matheus: E aí eu fui fazer a prova de bolsa, né? Ganhei um desconto bacana.
E aí quando eu cheguei lá no cursinho era 2011, eu cheguei bem cru, eu percebi que eu tinha estudado naquele meio tempinho assim que eu decidi que eu queria fazer medicina até terminar Ensino Médio tinha muita coisa que eu não tinha visto que eu desconhecia que era dado no ensino médio, por exemplo é botânica.
Eu lembro que na primeira aula de botânica eu pensei: “Nossa, mas isso é dado no ensino médio?”
E eu me peguei no fato de que eu nunca tinha visto nada de botânica assim eu precisava aquilo, né?
Então foi um choque de realidade nos livros. As obras literárias obrigatórias e nem sabia que tinha que ler.
Aí eu fui pegando todo no primeiro ano. Então nesse primeiro ano ele teve muita dificuldade, técnica mesmo de conhecimento e física tendo que me deslocar de uma cidade para outra era complicado, era Custoso.
 O ônibus enfim barcas, tinha que atravessar de barca também. E às vezes tinha aulas extras de tarde, de atualidades, redação. E nem sempre  eu podia ficar lá, né? Porque aí eu tinha que almoçar lá, ia gastar mais então não dava. Acabei deixando isso um pouco de lado.
Susane: Essa questão do trajeto, você ficava  estudando ou só olhando a travessia do Mar?
Matheus: Demorava uns  15 minutos assim. E aí nesse meio tempo, abria a apostila, tentava ver alguma coisinha, tentava fazer algum exercício nesse meio tempo ou em ler algum livro que eu tava interessado ou do próprio vestibular mesmo.
Susane: Você tava nesse primeiro ano, não tinha visto nada e você falou que era um choque, né? E e você ficava assim “nossa, mas eu tenho tanta coisa para ver. como que eu vou fazer isso?”  passava isso na sua cabeça?
Matheus: Exatamente,  Nossa tava todos os dias. Porque o primeiro  foi basicamente encarar um leão todo dia, todo dia tinha material nova para reter exercício para fazer em diante de um exercício que eu não muito bem entendido então o conceito de física era estranho para mim.
Aí eu já desanimava um pouquinho e deixava para lá ou tentava, tentei seguir aquilo que os professores falaram sabe matéria dada é matéria estudada.
Susane: Então eu tentava estudar os conteúdos daquele dia certo, então você estudava de manhã e à tarde em casa à noite em casa.
Você viu quando? Quando quiser estou de manhã.
O método de resolução de provas que ele usou é basicamente o método 1 do vídeo abaixo:

 

 

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E aí pessoal Aqui é a Susane do Resumov e você está escutando o podcast  do Resumov, neste programa converso com professores e com aprovados nas faculdades mais concorridas do Brasil, eu tento mostrar quais estratégias eles usaram na preparação. A ideia é mostrar como você pode aplicar tudo isso no seu dia a dia. Este programa é só uma parte do Resumov, tem também o site resumov.com.br.

O Resumov tem vários artigos, cursos de como estudar para passar, além de cupons de desconto dos melhores cursos online e você consegue ver toda a lista de episódios na página resumov.com.br/podcast.

Hoje entrevisto o Matheus Alpaccino. Ele é aluno de Medicina na Faculdade de Medicina da USP em São Paulo na Pinheiros, ele é da turma 103 que foi a turma que eu entrei também. Essa conversa foi muito legal. Ele é uma super inspiração de você seguir atrás dos seus sonhos com todo gás possível e hoje a ideia é tanto mostrar essa inspiração que independentemente da sua base você pode evoluir e chegar no nível de passar em medicina na USP, mas também ver o método dele de estudos que foi sensacional, principalmente no último ano. Que que foi o ano que ele passou.

Ele fez escola pública e saiu da escola pública com a ideia de: “eu vou eu vou me preparar para passar em medicina na USP” e ele conseguiu. Então ele vai contar como foi a sua trajetória então desde começar a estudar no cursinho com base nenhuma precisando aprender até aqueles assuntos do Ensino Fundamental. E como foi a sua trajetória até chegar no nível da USP mesmo. No último ano de estudos, ele conta como ele como ele estudou em casa, e qual foi o método que ele usou para estudar em casa. E eu acho que esse foi um episódio muito rico para quem quer um vestibular assim muito top, muito concorrido como Medicina na USP, Unicamp.

E essas ideias dá para usar para quem se prepara para o ITA também, então eu espero que seja muito útil para vocês.

Então vamos ao episódio.

Susane: E aí tudo bem?

Matheus: Tudo ótimo

Susane: você tem uma história muito legal, não é?

Um aluno que me falou que você que você estudou em escola pública, eu não sabia disso.

Matheus:  isso,estudei em escola pública a vida inteira, né? Fortes emoções assim durante esses 4 anos que estudei além do ensino médio foram bem complicados, mas deu tudo certo.

Susane: vamos então desde começo. Então você fez a escola pública certo e aí olhando para  trás, você acha que a escola pública te preparou para o vestibular ou que preparou muito pouco, o que que você diria?

Matheus: Não, então eu acho me preparou muito pouco assim, quando eu tava no ensino médio não tinha muito a propagação do ENEM, da USP, Unicamp, a gente não sabia muito o que que era isso, né? Até o ensino médio, eu não sabia se a USP era privada ou pública, eu não tinha muita noção disso. E os professores também não comentaram muito sobre isso. Acho que eles não acreditavam muito na gente.

Não sei mas em nenhum momento eu escutei eles incentivando de alguma forma a gente. Então foi basicamente isso, não houve incentivo e na parte de matéria também teve muita deficiência.

Eu lembro que eu fiquei uns 2 anos aí pelo menos de um mês e ano médio sem física e sem química direito, geralmente aparece um Professor substituto que não era da área. E passava um texto para a gente copiar então era basicamente isso quando a gente não tinha aula vaga.

Na prática, a gente não fazia nada, não podia ir embora, mas também não podia sair,  ficava lá.

Susane: Nossa que isso, não ter nem aula de física ou química.

Matheus: Eu lembro que uma vez eu peguei o meu caderno assim, depois de ter passado e tava revirando algumas coisas de casa mesma, eu achei o meu caderno, do ensino médio e pensei deixa eu dar uma olhada aqui, né? E aí eu fui passando, parei na parte de física porque tava meio curioso para saber o que eu tinha visto, aí eu lembro de ter visto uma página assim escrito Ótica a data do dia lá que eu fiz. E aí um mês e pouco depois eu fiz umtraço assim. Coloquei o nome de outras matérias que foi eletrostática alguma coisa assim. Ou seja, eu não tive aquela matéria. Depois de tanto tempo que passou não tinha como recuperar mais aquilo, então o professor decidiu começar outra coisa.

Então faltou muita coisa no meu ensino médio.
Susane:  Sim. Sim foi legal você falar essa questão também de eles não darem um exemplo, uma inspiração de onde você pode chegar né qual faculdade você pode fazer.

Matheus:  Medicina nunca foi meu sonho de infância, eu nunca tive fotos de esteto quando era pequeno. Esses dias eu fiquei pensando muito nisso, tipo qual foi o start que eu dei pra poder começar a pensar em medicina, e foi o exercício bacana recuperar essas memórias.

Susane: Então conta pra gente

Matheus: Então, ao longo do meu terceiro ano para mim, tudo era um fundo preto, eu não sabia   o que queria fazer depois da escola eu também e na escola e não tinha  muitas influências positivas nesse sentido.

E também em casa ficava muito aquém, porque a minha família ela não teve os estudos, o pessoal só terminou o ensino médio e acabou fazendo algum curso profissionalizante no máximo.

Então  de nenhum dos lados veio um incentivo assim. E aí ao longo do terceiro ano,  Inevitavelmente os parentes começam aparecer, né? Começam a mandar os palpites diziam “você gosta de informática. Porque você não faz alguma coisa informática?”

Naquela época, eu gostava mesmo de informática, ficava  no computador mexendo em computador, desmontava, montava. Pensei: “vou pesquisar alguma coisa de informática”

Aí fui lá procurar na internet, fazer umas pesquisas. E aí nesse meio perdido aí da internet, eu achei um Fórum de discussão sobre vestibular e aí eu comecei a ter um contato maior com isso. E aí um dos posts falava sobre fazer cursinho, onde que tinha, quais eram os 5 melhores tudo naquela época 2009/2010, eu acho. E aí procurando sobre os cursos de engenharia, psiquiatria o que me chamou atenção foi Medicina. O pessoal falava que era super difícil, era também era muito prestigiado e muito seguro.

Cada vez que eu lia mais coisas sobre medicina eu começava a me interessar mais pelo que eu lia.

Eu falei poxa, que legal seria se eu fosse médico.Eu poderia tratar as pessoas. Poderia ajudar, eu saberia como que o corpo funciona…

Isso para mim me fascinava bastante.

Só que eu tinha receio de comentar isso com os meus parentes, porque medicina era super concorrido é a base que eu tinha era aquela,  de achar que a China ficava no lugar do Chile, sabe era nesse nível, eu não tinha noção das coisas comuma base fraca.

E aí tinha medo de eles falarem:

“Mateus, desista. Você não vai passar. “”

Exatamente isso, tem mais história também… Quando eu decidi que eu queria medicina mesmo,foi em algum momento do terceiro ano. Eu liguei para o cursinho da cidade do lado. Que é Santos, eu morava no Guarujá.

E aí na minha cidade não tinha cursinho, daí eu liguei para moça perguntando quanto é o valor, como é, só que ela falou que já tinha formado turma e eu tinha ligado ela em setembro, eu acho que tinha formado uma turminha gosto, né?

Aí ela falou que não tinha como entrar e eu acabei me contentando com o fato de não conseguir e ir estudar para entrar na faculdade da área de informática mesmo da minha cidade ou um técnico alguma coisa assim. E aí eu peguei pra estudar livros da escola por vídeos e eu parei pra ver os vídeos de 2010 eram muito escassos comparados com os de hoje, porque eu lembro que procurava no YouTube e  achava só assim Telecurso 2000 , cursos super antigos, com uma plataforma bem anos 2000. Algo bem remoto que não era muito didáticos, como os que existem hoje em dia.

Mas mesmo assim eu comecei a estudar. Pelo mais básico, eu realmente achei que eu precisava voltar mais atrás. E pegar a parte de oitava, nona série.

Peguei as coisas bem mais básicas mesmo, lá pra trás e aí e aí chegou no final do ano? Prestei a prova, não passei no curso de informática. E aí eu falei assim:

“ah agora eu vou ter que preparar minha família para a ideia de que eu quero ser  médico”

Quando eu falei que eu queria fazer medicina e tudo a ideia não foi muito bem recebida no começo, mas depois dos meus familiares aceitaram.

Só que uma vez eu tava na casa da minha tia e aí eu tava brincando com os meus primos. E aí eu passei assim meio rápido na próxima da sala. A porta estava meio entre aberta. E aí eu escutei uma das minhas tias falando, o Matheus, ele tá estudando para medicina e tudo. Daí eu vi um comentário do meu tio por trás da porta, né? Ele falou assim.

“Ah, não sei. Sem condição, ele não vai passar. “

Já era uma ilusão eu tentar fazer aquilo, né? Parecia ser algo inatingível, apesar de na frente eles dizerem que me apoiavam.

Susane: Nossa você ficou triste?

Matheus: Então é uma coisa que não é fácil ouvir.

Sabe, quando é que uma pessoa que você não conhece, você fica muito sentido, mas não te abate tanto quanto quando esse comentário vem junto das pessoas que você mais gosta, eu fiquei chateado com isso eu tentei ver mais comoum desafio, eu vou provar então que eu sou capaz de passar mesmo tendo todos esses percalços,  todas essas dificuldades.

Susane: Sim, que bacana, você transformou algo que poderia ser negativo em superação.

Matheus: E aí eu fui fazer a prova de bolsa, né? Ganhei um desconto bacana.

E aí quando eu cheguei lá no cursinho era 2011, eu cheguei bem cru, eu percebi que eu tinha estudado naquele meio tempinho assim que eu decidi que eu queria fazer medicina até terminar Ensino Médio tinha muita coisa que eu não tinha visto que eu desconhecia que era dado no ensino médio, por exemplo é botânica.

Eu lembro que na primeira aula de botânica eu pensei: “Nossa, mas isso é dado no ensino médio?”

E eu me peguei no fato de que eu nunca tinha visto nada de botânica assim eu precisava aquilo, né?

Então foi um choque de realidade nos livros. As obras literárias obrigatórias e nem sabia que tinha que ler.

Aí eu fui pegando todo no primeiro ano. Então nesse primeiro ano ele teve muita dificuldade, técnica mesmo de conhecimento e física tendo que me deslocar de uma cidade para outra era complicado, era Custoso.

O ônibus enfim barcas, tinha que atravessar de barca também. E às vezes tinha aulas extras de tarde, de atualidades, redação. E nem sempre  eu podia ficar lá, né? Porque aí eu tinha que almoçar lá, ia gastar mais então não dava. Acabei deixando isso um pouco de lado.

Susane: Essa questão do trajeto, você ficava  estudando ou só olhando a travessia do Mar?

Matheus: Demorava uns  15 minutos assim. E aí nesse meio tempo, abria a apostila, tentava ver alguma coisinha, tentava fazer algum exercício nesse meio tempo ou em ler algum livro que eu tava interessado ou do próprio vestibular mesmo.

Susane: Você tava nesse primeiro ano, não tinha visto nada e você falou que era um choque, né?

E você ficava assim “nossa, mas eu tenho tanta coisa para ver. como que eu vou fazer isso?”  passava isso na sua cabeça?

Matheus: Exatamente,  Nossa tava todos os dias. Porque o primeiro  foi basicamente encarar um leão todo dia, todo dia tinha material nova para reter exercício para fazer em diante de um exercício que eu não muito bem entendido então o conceito de física era estranho para mim.

Aí eu já desanimava um pouquinho e deixava para lá ou tentava, tentei seguir aquilo que os professores falaram sabe matéria dada é matéria estudada.

Susane: Então eu tentava estudar os conteúdos daquele dia certo, então você estudava de manhã e à tarde em casa à noite em casa.

Você viu quando? Quando quiser estou de manhã.

O método de resolução de provas que ele usou é basicamente o método 1 do vídeo abaixo:

Você consegue baixar o PDF aqui.